E a vida, desgraçadamente, vai indo
com ironia e desprezo vai, rindo
de tudo o que faço para mudar o futuro,
enquanto observo o lado sombrio e obscuro
da doce e insana realidade.
Ela vai, trajada com peças sombrias
fazendo dos dias obras vazias,
quadros pintados pela imundície do existir.
Ai, prazer que tem, misantropia.
E enquanto nos fodemos,
o epicentro da dor da carne nos espia.
Lemos um ao outro, estranhos idênticos.
E a vida, essa segue seu jogo,
me sinto, ora dom Quixote
ora um detestável ogro,
eis que meu forte
nunca foi ser um só.
Nunca foi ser.
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