O sorriso, de canto em canto,
cobriria todo o céu e o mar,
não sei te dizer por exato quanto
se desprendeu do verbo amar,
não sei dizer quanta saudade
ou quanto sonho estive tendo,
não sei dizer, de verdade,
o que estava acontecendo,
mas que me tomo, não raro,
imaginando se naquela cidade
teu olhar me viesse claro
e eu compreendesse a necessidade
de te ter por perto.
Realmente nunca fui muito esperto,
penso demais com a emoção,
e naquele instante
minha vida estava uma confusão,
de agora em diante
aprendi de vez a lição:
se quer, siga o coração.
Podia ter sido nas águas dançantes,
ou no passeio do bom pastor, quem sabe
ainda em outros sonhos errantes,
mas o que não tem cabimento
é deixarmos assim
tudo sem inicio nem fim
tudo ao vento.
Córdoba, cidade eterna e encantadora.
Nenhum sentimento em ti evapora.
Trouxe comigo a lembrança
de que, mesmo adulto,
me transformaste em criança
e me fizeste sonhar sozinho
em que estrada construir o caminho
para a felicidade:
Em Córdoba
ou na minha sombria cidade?
(Poesia para C., com gratidão por me fazer sorrir)
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