28 de setembro de 2015

A-deus, ou, O céu que não comungo.

Já não conheço a ideia de deus
tampouco me deixo importar com isso
se existe, é contudo deus omisso
se não, os problemas não são meus.

Já não me deixo levar pela fé ou crença,
tampouco discuto com testemunhas cegas
que se dizem curadas de irreal doença.

Já não, esqueçam-me, vou para Vegas,
conhecer os deuses dos jogos de azar
quem sabe até para eles orar. (?)

Já não aceito a ideia de pecado,
no final os pecadores se tornam santos,
não, não conheço o certo e o errado,
vejo padres pedófilos por todos os cantos.

Já não vale nada o jogo católico
de criar livros sacros e paraíso
desprezo com irônico sorriso
todo e qualquer ideal apostólico.

Já não existe o mito no meu pensamento
pastores são atores querendo dinheiro
enganam a si e ao mundo inteiro
com um termo -deus- que não passa de vento.
(Acredite, eles se enganam e fingem se importar com a religião quando na verdade querem lucro, como qualquer empresa).

Já não, não e não me interessa
a prece que perece na pressa
o deus sádico do religioso
tosco, demoníaco e impiedoso.

Já não (me) escondo meu ateísmo
seria hostil da minha parte o cinismo,
não, de fato no seu deus não creio,
afirmo sem medo, sem rodeio.

Já não me privo do prazer
nem do bem que isso me trás,
agora faço por fazer
aquilo que me dá vida e paz.

Já não existe nenhum deus
e se existir, não me importo,
mas continue nos dogmas seus
faça o bem, leve a paz, seja devoto.

Doe, pague o dízimo,
 para a igreja,
que ridículo, veja,
isso é o mínimo.
E deus ficará feliz
com seus dez por cento
em baixo do teu nariz
o pároco ri, alegre
com o faturamento.

Não tenho nada com isso
acredite no que bem entender
ou no que não bem entende.

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