13 de setembro de 2015

Amar-elo

Entre tantos rostos
a secura da natureza
faz surgir os desgostos
ressaltando a beleza
da dúvida e do medo.

Não se esconde em segredo:
todos sabemos a dor
o cheiro do embriagado,
a pinga e o rancor
faz esquecer e recordar
o amor que estava ao lado.

Quando a paixão acaba
não se acaba só,
ela estrangula, dá um nó,
deixa-nos louco, fora do eixo,
natural que em completo desleixo
que dali até outro amor
ou até não mais.

Quando se rompe o elo
nem um Sol
queda ainda amarelo.

Entre tantos rostos
alegres e soltos
tristes e presos
indiferente:
os que já amaram
não sairão ilesos.

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