10 de julho de 2016

Algo, talvez, poema



Escrever é necessário.
O ponto e a vírgula do texto
pretexto para dizer o contrário.
Pense o mundo sem o escrito
até a imaginação seria concreto finito.

Escrever é inútil.
E inútil é quem escreve.
Pense, coisa fútil,
perder tempo se atreve?

Escrever é prosa
banal e tão humana,
ferida que arde e coça,
caos, ódio. Nirvana.

Escrever é romântico.
E toca Funk na catedral
um celebrar bacântico,
a carne é espiritual.

Escrever é um problema
verso que fica sozinho
verso que vai pro cinema,
entrega rosa, recebe espinho.

Escrever, quando não se quer,
oceano de palavras
que tornam nossas mãos
escravas.

Escrever, quando se almeja,
a ideia, no mesmo oceano,
se dissolve, veleja,
tão confusa, quanto ser humano.
 

2 comentários:

  1. Sim, vamos sim encher o caneco ainda nessas férias. Amanhã, estou saindo de viagem, passaremos uma semana no Chile, voltamos no dia 18, aí eu entro em contato e a gente marca alguma coisa, tem um primo meu a quem eu também estou devendo umas geladas. Enquanto isso, continue com seu café amargo... sacanagem.

    abraços

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    1. Perfeito. Meu contato tu tem, só comunicar. Chile... Azarão voltará um pleno degustador de vinhos, hmm...


      Boa viagem, e pretendo ir pra lá no fim do ano. Então, depois conversamos para ver se vale o gasto.

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