8 de julho de 2016
Teu café amargo
Querer esquecer, é esforço de se lembrar.
Ainda hoje as horas se perdem buscando teu sorriso,
aquela rima perfeita, que jamais existiu em nós.
E as palavras dizem do amor, e ficam ainda nisso,
como se não esquecessem teu silêncio e tua voz.
Tolo que sou, esmago
a brutalidade do meu sentimento
com outra xícara de café amargo.
As poesias todas, ao vento.
Não vejo lágrimas, mas meus lábios não gargalham
as mesmas gargalhadas daquele ontem que no ontem ficou.
As dúvidas, conflitos que se duplicam e se espalham,
procurando dissolver o que de mim era tu, e o que de mim, sou.
Esquecer.
Verbo seco, que chove no molhado.
Meu erro foi fazer o certo, do jeito errado.
Querer esquecer, é desejo.
Que me remete ao sabor do teu beijo.
Esquecer-te
apagar o escrito
nunca mais, ler-te.
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Gostei da mudança do visual, embora gostasse muito também das caricaturas dos escritores. O poema que acompanha a gravura é seu? Muito bom, assim como o Café Amargo. Posso publicá-lo no Marreta? É impressão minha ou você levou um, digamos assim, revés em algum relacionamento? Um pé na bunda, um chifre, os dois?
ResponderExcluirLogo voltam, foi apenas um incêndio de mudança, fogo de palha, logo retorno com as caricaturas, ainda que mude algumas.
ExcluirO poema que acompanha é meu sim, e pode publicar, da próxima tenha total liberdade de publicar outras mais, não precisa me pedir.
Antes fosse impressão, mas não é de hoje. Faz alguns meses, mas como o café amargo, o gosto fica na boca por certo tempo. Por sorte, chifre não foi, "apenas" um grandessíssimo pé na bunda, e no saco.
Agradeço o elogio. Um abraço, e que tal encher o caneco qualquer dia desses?