1 de julho de 2016
Leitura de jogo
Avante o Peão, na sua limitada existência,
com seus pares de Cavalo avançando lentamente.
Os bispos, como sempre, só querem comer a Rainha.
O Rei observa, sem ter muito o que fazer.
A Rainha, cheia de artimanhas, quer do outro o melhor,
não fica correndo atrás de Peões banais, ela gosta
é de Cavalos, e, adepta ao lesbianismo, da Rainha
do outro País.
Vez e outra, um dá sorte na vida.
O Peão, ignora o mundo ao seu redor
e pelo seu desempenho, é promovido.
Mas grandeza tem perna curta.
E logo se toma por ideia, um mate,
um café que esfria, pela impaciência.
Presa pelos cantos
a Rainha entrega o jogo
perde o encanto, os pontos,
perde o Rei, e o logro.
Não se ganha
toda partida
na gana
por vencer:
a falta de saída.
O Xeque-mate bem executado
a cabeça do Rei, ao lado.
Sangue que jorra no tabuleiro
E os Peões que sobram,
seguem felizes ao puteiro.
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