5 de julho de 2016

Dizendo que sim


Vou dizer que sim, vou sorrir e acenar, de canto a canto,
meus olhos seguirão plenos da mais extrema alegria,
e lá no fundo do Oceano, a escuridão que o consome, no entanto,
me fulminará e chegará nos versos de outra poesia.

Vou dizer que sim, que estou contente, que está tudo bem,
não revidarei as pedras jogadas no meu caminho,
vou seguir, sim, e vou seguir rancoroso, sozinho,
acreditando só em mim. Dane-se os ídolos e o outro alguém.

Vou dizer que sim, mentirei perfeitamente
meu estado de paz, meu estado que jaz
no gargalhar alheio, vou sorrir e seguir em frente
sem pensar em "porém", sem pensar no "mas...".

Vou dizer que sim, que entendo teus problemas
vou dizer que sim, como tu me dizias
ao fingir que entendia minhas palavras e poemas.

Vida
 
Nesse castelo eterno
que o Mar traiçoeiro não se perdeu admirado,
levou, levou.
E com ele meus sentimentos.
E com ele os teus sentimentos.

Não, os teus não,
estes nunca existiram.

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