13 de julho de 2016

Na cara


Está tudo na cara.
Explícito, no óbvio
Até o azul do céu.

A vida, não para.
Poesia, ninguém viu
nem no vermelho infernal.

Tudo. Tudo assim, dito
como manual de instruções.

Um guia, finito, sucinto,
só pode ser obra das razões

O jogo é cara ou coroa
mas nós, loucos e alucinantes
adoradores de causas perdidas
sempre apostamos
"-essa moeda vai parar no meio".

E está tudo
aí, na cara.

A solução
no espelho
me encara.

A vida segue
sem me perguntar
se continua
ou para.

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