Bem na biblioteca
lugar de todo amável
no centro da cidade.
Eu e aquela boneca
bela e tão adorável
fomos ver a "novidade".
Parti direto, na ofensiva,
nos cantinhos,
chegando colado ao seu pescoço.
Nenhuma alma viva
pelos caminhos,
e sempre fui um bom moço.
Aprenda rapaziada,
perto dos livros poucos se achegam
e sempre foi um canto de paz
sem câmeras, sem gente, bom para amassos.
Mas
não deu em nada
a morena escapou dos meus braços.
Fiquei então na literatura
pois a essa altura
desanimado e nervoso
pensei comigo:
essa guria é osso.
Morena, cheia de encanto
fazendo graça faz tanto...
e quando te levo pro canto
para meu espanto
foge, desvia, me abraça
corta do pássaro a asa
e ri, dizendo que não pode.
Eu tomei um sacode.
Infeliz que sou.
Querendo se fazer de santa
diz que não nasceu pra ser janta
e que é de compromisso:
nessas horas já sumi
nessas horas, omisso.
Não quero namoro não meu bem,
quero só divertimento.
Sou romântico, mas pro amor
ah, pro amor, falta talento
e antes, quero saber o sabor
da tua boca. Não se investe
sem conhecer.
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