21 de fevereiro de 2016

Seca e biblioteca

Bem na biblioteca
lugar de todo amável
no centro da cidade.

Eu e aquela boneca
bela e tão adorável
fomos ver a "novidade".

Parti direto, na ofensiva,
nos cantinhos,
chegando colado ao seu pescoço.

Nenhuma alma viva
pelos caminhos,
e sempre fui um bom moço.

Aprenda rapaziada,
perto dos livros poucos se achegam
e sempre foi um canto de paz
sem câmeras, sem gente, bom para amassos.

Mas
não deu em nada
a morena escapou dos meus braços.

Fiquei então na literatura
pois a essa altura
desanimado e nervoso
pensei comigo:
essa guria é osso.

Morena, cheia de encanto
fazendo graça faz tanto...
e quando te levo pro canto
para meu espanto
foge, desvia, me abraça
corta do pássaro a asa
e ri, dizendo que não pode.
Eu tomei um sacode.
Infeliz que sou.

Querendo se fazer de santa
diz que não nasceu pra ser janta
e que é de compromisso:
nessas horas já sumi
nessas horas, omisso.

Não quero namoro não meu bem,
quero só divertimento.
Sou romântico, mas pro amor
ah, pro amor, falta talento
e antes, quero saber o sabor
da tua boca. Não se investe
sem conhecer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente. Sempre é conveniente.