Vejo bem no teu olhar, tranquilo,
a sombra que transborda a borda
e a margem do rio Nilo.
Vejo bem no teu sorriso,
que não quer ficar presa
mas que também não é sobremesa
daquele ou daquilo.
Vejo bem e reconheço
que merece o amor
que merece o sabor
do que já não me esqueço.
Vejo bem no teu olhar, perigo,
que já não sente prazer, comigo,
e que eu fiquei de lado meu bem
não quer se prender a ninguém.
Vejo bem e não enxergo
no teu amanhã meu eu
vejo bem e não nego
que já deixei de ser teu.
Vejo bem e não te conheço
quando foi que mudaram os rostos?
quando foi que viramos os outros?
esse amor, desconheço.
(O poema, em real, é uma canção que escrevi para tocar com gaita e violão. Publicarei daqui um tempo em mídia audível)
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