Teus lábios, movimento e labirinto,
contornaram meu cérebro, vorazes,
me transformam só em instinto,
vozes mentais multiplicam-se em milhares.
Não vejo solução, te desejo, te quero,
te ecoar, te fazer estrela e deusa,
estou beirando a loucura, reitero,
a tua mente demente mente, me usa.
Teu olhar, tua íris, tua pupila,
dilatada em reflexo carnal
transpassa e me destila
a vontade é também intelectual.
Quero. Querer é um perigo, idolatria
cega pelo amor e pelo tesão.
Erro. Errar é um detalhe, magia
feita de propósito pelo coração.
Quero teu beijo
quero tua gruta
quando te vejo
é fuga e luta.
Guria, elemento cósmico,
no ápice do meu alvedrio,
meu juízo pessoal, sumiu,
êxtase orgásmico.
Teus lábios, movimento e labirinto,
apesar de entender a dança
se disser que não te quero, minto
bato o pé, pareço criança,
olho no olho te fito:
prazer, teu sobrenome,
que da minha mente não some
(mulher
Afrodite em Gaia
será que se descoberto
o terceiro elemento da situação
desmaia?)
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